Ao se referir à obra Os Sertões, FREIRE (1966) considerou-a “notável como literatura e notável como ciência: ciência ecológica e ciência antropológica e até sociológica”. Tais características tornam o livro de Euclides da Cunha um importante referencial para se entender aspectos da realidade/cultura brasileira. Em os Sertões a natureza compõe toda a 1ª parte, subdividida em cinco capítulos em que são descritos a geologia, o relevo, o clima e a vegetação, constituindo a base na qual o autor se apóia para compreender a ação do meio na formação das etnias e sua influência na gênese das personagens típicas. A geologia é descrita do geral para o particular. Euclides partiu do que ele denominou de “planalto central”, indo até o sertão de Canudos, apresentado, ainda, em mapa, um “esboço geológico para o estado da Bahia”, e, com o subtítulo de “Um Sonho de Geólogo”, propões uma gênese para o continente americano. AB’SÁBER (1980), ao se referir ao títulos obrigatórios que, em certo tempo, e